Na última terça-feira, dia 15 de fevereiro, a Sabesp realizou o Seminário Técnico ‘Uso Agrícola do Biossólido – Subsídios para planejamento de futuras ações’. O seminário trouxe à discussão, por meio de palestras, as inúmeras aplicações, os resultados e as expectativas sobre o uso do lodo proveniente do tratamento dos esgotos – o biossólido – na agricultura.
O destino final dos subprodutos do tratamento dos esgotos é uma das preocupações da Sabesp, que diante do esgotamento dos aterros sanitários passou a buscar – por meio de pesquisas e projetos em parceria com Universidades e Institutos de Pesquisas – alternativas para a correta destinação dos resíduos gerados em seus processos produtivos. A empresa inclusive possui um Plano Diretor de lodo na Região Metropolitana de São Paulo que aponta dentre outras soluções para a problemática da disposição do lodo em SP, o uso agrícola do biossólido e a disposição em aterros sanitários exclusivos.
Ambientalmente responsáveis e ao mesmo tempo economicamente viáveis, algumas das soluções desenvolvidas ao longo de anos em algumas Unidades de Negócios da Empresa foram apresentadas neste seminário sob diferentes visões: a do “produtor” do biossólido, dos pesquisadores, dos consumidores deste “produto” e dos órgãos ambientais.
Como a agricultura se mostra um setor de grande possibilidade de absorção do biossólido, investiu-se em experiências de sua aplicação em variadas culturas como, banana, pupunha, milho, cana-de-açúcar e, até mesmo, em áreas de reflorestamento cujos resultados comprovaram a eficiência deste “fertilizante” benéfico ao meio ambiente e à capacidade de produção agrícola.
Um dos bons resultados foi apresentado pelo Superintendente da Unidade de Negócios Pardo e Grande da Sabesp, João Baptista Comparini. O superintendente mostrou como a Sabesp de Franca conseguiu equacionar o problema da disposição do lodo, seus custos e benefícios sócio-ambientais resultando em uma solução que se transformou em um produto, o Sabesfértil, aplicado por agricultores da região. Diante de exemplos como este, Eduardo Cerpa da Cetesb, mostrou-se a favor da utilização do lodo na agricultura sem que haja prejuízos para o meio ambiente, isto é, desde que aplicado com segurança e controle.
O seminário que contou com a presença de representantes da Sabesp, da Cetesb, de empresas de saneamento, das Universidades e dos Institutos de Pesquisa, mostrou que a aplicação do biossólido na produção agrícola além de benefícios para o meio ambiente e para os agricultores é um campo que tem mercado a ser explorado pelas empresas de saneamento. Fato que pode ser verificado através da declaração do representante da Suzano Papel e Celulose – “Usamos o biossólido no plantio de eucaliptos e comprovamos que sua aplicação proporciona bom condicionamento do solo e conseqüentemente o aumento da nossa produção. Porém, nossa opção pelo biossólido é principalmente em função da contribuição sócio-ambiental que damos através desta ação, que se reflete na positiva imagem da empresa. Estamos satisfeitos e temos potencial para ampliar a aplicação”, concluiu.
Do Departamento de Comunicação Social da Sabesp
(LRK)
