Procon: Pesquisa mostra discreta elevação nas taxas de juros bancários em fevereiro

Procon-SP é vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania

seg, 14/02/2005 - 16h20 | Do Portal do Governo

Resultado do levantamento constata que das 10 instituições bancárias pesquisadas, três elevaram as taxas de empréstimo pessoal. No cheque especial, duas apresentaram alta. Não houve quedas.

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, realizou em dez instituições financeiras, nos dias 2 e 3 de fevereiro, pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física.

Empréstimo Pessoal

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,25% a.m., superior a do mês anterior, que foi de 5,22% a.m., significando um acréscimo de 0,03 ponto percentual. Ao ano, a taxa equivalente é de 84,68%.

Cheque Especial

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,12% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 8,10% a.m., significando um acréscimo de 0,02 ponto percentual. Ao ano, a taxa equivalente é de 155,11%.

Não houve quedas tanto no empréstimo pessoal quanto no cheque especial. As demais instituições financeiras mantiveram suas taxas em ambas as modalidades.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses na sondagem, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Os juros continuam subindo. Os resultados da pesquisa mostram uma discreta elevação das taxas. A taxa média do empréstimo pessoal, após um ligeiro recuo no final do ano passado, voltou a sinalizar a alta. No cheque especial essa tendência se mostra mais evidente, embora, em ambos os casos, os aumentos sejam de pequena magnitude.

Na reunião de janeiro/05 o Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central, elevou novamente a taxa SELIC em 0,50 ponto percentual. A taxa passou de 17,75% para 18,25% ao ano. Esta é a quinta vez consecutiva que o COPOM eleva a taxa básica da economia. Há uma previsão de novos aumentos por parte de alguns analistas de mercado, tendo em vista que há o risco de não cumprimento da meta de inflação, definida em 5,1% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O setor produtivo já vem demostrando, há algum tempo, preocupação com a política de juros altos, que pode dificultar o crescimento econômico.

O orçamento do consumidor continua sofrendo reflexos dos gastos de final de ano e dos compromissos e impostos que se apresentam desde janeiro. É aconselhável refletir antes de contratar um empréstimo e adiar certas decisões de consumo para um momento mais favorável.