Lu Alckmin anuncia liberação de recursos para Região de São José do Rio Preto

Reunião com presidentes de Fundos Municipais avalia os programas de capacitação e geração de renda.

qua, 31/08/2005 - 16h50 | Do Portal do Governo

A presidente do Fundo Social de Solidariedade de São Paulo, Lu Alckmin, realizou na última terça-feira, dia 30, em Olímpia, uma reunião de avaliação dos projetos de Geração de Renda implantados em 22 municípios da região de São José do Rio Preto. Na ocasião ela anunciou a liberação de R$ 10 mil reais para cada cidade ampliar ou implantar programas que possam capacitar a população carente. Estavam presentes, o prefeito de Olímpia, Luiz Fernando Carneiro, a presidente do Fundo Municipal de Solidariedade, Rosane Maria Fernandes Spínola Carneiro, além de presidentes de Fundos Municipais da região que apresentaram suas ações.

Avaliação e troca de experiências

Além da avaliação dos resultados obtidos com o programa de capacitação, geração de emprego e renda do Fundo Social, o encontro promove a troca de experiências das presidentes de fundos municipais, por meio de relatos de atividades e conhecimento dos programas criados em cada cidade para seus moradores.

Com a plantação da cana de açúcar no município de Cajobi, que tem cerca de 9.500 habitantes, o Fundo municipal focou sua atenção nos pequenos agricultores. Investiu os R$ 8 mil, recebidos do Fundo Social de Solidariedade, na implantação do programa Viveiro Comunitário, em parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura. Trata-se de uma estufa de aproximadamente mil metros quadrados e capacidade para 35 mil mudas de cítricas, palmeiras, frutíferas, plantas nativas e ornamentais. Elas são vendidas a preço abaixo do mercado e todo o faturamento é reinvestido na própria estufa.

De acordo com o engenheiro agrônomo, Carlos Eduardo da Silva, o programa atingiu o seu objetivo, pois muitos dos pequenos agricultores puderam continuar cultivando os produtos que eles já sabiam comercializar. Dessa forma, estão sendo beneficiadas cerca de 250 pessoas, entre produtores e familiares.

O Fundo Municipal de Colina conta com o Núcleo de Capacitação Profissional. No local, são realizadas capacitações em várias modalidades de trabalho, entre elas o curso de Corte e Costura, que já formou mais de 450 mulheres. Muitas delas estão empregadas, outras trabalhando por conta própria.

Já a Oficina de Tijolos do mesmo município tem 10 mulheres que fabricam cerca de 200 tijolos por dia. Eles são utilizados para atender as famílias menos favorecidas da cidade na construção de suas próprias residências. A Máquina de Fraldas, outro programa de Colina, produz semanalmente 300 fraldas geriátricas para as pessoas carentes do município.

Mas o forte mesmo de Colina são as Padarias Artesanais. São 10 multiplicadoras que, além de oferecer cursos de três em três meses, ainda vendem o que produzem. E todo o dinheiro arrecadado é dividido elas e o Fundo Municipal, que aplica essa renda na manutenção dos projetos sociais. Os R$ 10 mil serão investidos na ampliação da Padaria e no curso de Corte e Costura.

Já o fundo Municipal de Guapiaçu está trabalhando com três KIT´s de Padarias Artesanais de formas diferenciadas: dois deles estão instalados em creches de bairros periféricos, onde as pessoas carentes são capacitadas. Já o terceiro Kit está no Centro de Geração de Renda e foi ampliado para tornar-se uma padaria. Um local onde as pessoas capacitadas e que apresentam mais habilidade, permanecem fabricando e vendendo seus produtos. No momento, lá trabalham dez mulheres que ganham mensalmente em torno de R$ 350,00. Outras mulheres também capacitadas estão colocadas no comércio, além daquelas que fazem os pães, doces e salgados em casa e depois vendem seus produtos para padarias, bares e feiras, entre outros. Com os R$ 10 mil, o Fundo pretende investir ainda mais na Padaria, de forma a ampliar a produção e aumentar o número de pessoas beneficiadas.

Em parceria com a prefeitura, o Fundo Municipal de Nova Granada montou o Projeto Vida, que consiste na fabricação de blocos para a construção de habitações populares. São cinco pessoas que ficam no local, capacitando e auxiliando quem estiver interessado em construir sua própria casa. O projeto também conta com profissionais da área da construção civil, que orientam as pessoas na construção. Outra alternativa que os participantes podem adotar é formar cooperativas para comprarem os equipamentos e montarem negócio próprio. Agora, o Fundo tem a meta de firmar convênio com o Sebrae para capacitar a população nas várias funções da construção civil: pedreiro, encanador, eletricista, azulejista, pintor, entre outros.

Tece e Acontece é uma oficina de costura industrial, no município de Olimpia, que capacita repassando valores de socialização, relacionamentos inter-pessoais e resgate de valores. Os cursos são oferecidos para mulheres, em sua maioria comprometidas com o trabalho rural das culturas da cana e da laranja. Por isso, há grande rotatividade das pessoas em função das safras e entre safras.

Uma das personagens desse projeto é Luciene Maria Barros Santos, 39 anos. Alagoana, foi para Olímpia com a família em busca de trabalho. Ao chegar, com apenas uma sacola de roupas e panelas, foram para um barraco, onde todos dormiam no chão batido. O marido foi para o corte de cana e ela foi parar no projeto Tece e Acontece, achando que não seria aceita por não saber fazer nada. Hoje, o casal e seus quatro filhos moram em uma casa alugada, que já está quase toda mobiliada. Foi uma grande mudança na qualidade de vida da família, que promete melhorar. Afinal, Luciene ganhou uma máquina de costura reta e já comprou outra de overlock, o que lhe dá condições de ter sua própria clientela.

Outro município que está investindo em corte e costura é Palestina. Começaram investindo os R$ 8 mil, liberados pelo Fussesp, na aquisição de máquinas de costura. A partir daí, capacitaram-se em modelagem e costura profissional e deram início à capacitação da população. Sem perder tempo, fizeram contatos e passaram a confeccionar para fábricas de São José do Rio Preto. Na busca de reciclagem, ainda foram buscar apoio do Sebrae. Atualmente, 13 mulheres trabalham no local e ganham de acordo com a produção. Agora, a presidente do Fundo Municipal, Marise Garcia, pretende investir os R$ 10 mil para ampliar a capacidade de produção e também o grupo de trabalho, para que mais pessoas possam ser atendidas.

Lu Alckmin aproveitou a ocasião para informar que a Receita Federal repassou 200 toneladas de tecido para o Fundo Social. Os municípios que adquirirem máquinas de costura com a verba repassada podem receber parte dessa doação. Assim o programa atinge duas metas: capacitar pessoas e utilizar a produção para atender os necessitados de cada cidade.

Municípios que participaram do encontro

Os 22 municípios da região de São José do Rio Preto são: Altair, Barretos, Bebedouro, Cajobi, Colina, Colômbia, Embaúba, Guairá, Guapiaçu, Guaraci, Icém, Jaborandi, Monte Azul Paulista, Nova Granada, Olímpia, Onda Verde, Orindiuva, Palestina, Paulo de Faria, Severínia, Terra Roxa e Viradouro.

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    Adriana Fares