Ao participar da abertura do Fórum de Debates Políticos e Empresarial da ADVB 2005 (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil) realizado nesta segunda-feira, dia 7, no Clube Atlético Monte Líbano, o governador Geraldo Alckmin fez um balanço da economia no Estado, e explicou como São Paulo fez o seu ajuste fiscal sem aumentar impostos. Após sua explanação, ele respondeu às perguntas de uma platéia composta por mais de 1.200 empresários, sobre os mais diversos temas.
Com o tema “Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro”, Alckmin ressaltou que, com reduções de alíquota, o governo vem conseguindo trazer as pessoas que estavam trabalhando na informalidade para a formalidade, o que vem ajudando também a alavancar as vendas e a arrecadação do ICMS. “Quando se aumenta a carga tributária, você empurra para a informalidade, uma parte deixa de pagar, e passa a se ter uma concorrência desleal. É o joio matando o trigo. Quem está pagando impostos não consegue concorrer porque o seu concorrente não paga.”
Ele destacou que diminuindo os impostos o governo ajuda a quem produz e gera emprego, que é a iniciativa privada. “Tudo isto só sai do papel se tivermos a coragem de cortar gastos, porque a gastança governamental é maior que o PIB. Nós só vamos conseguir reduzir a carga tributária se tivermos a coragem de reduzir gastos que não sejam essenciais, fechando a torneira do desperdício.”
Alckmin comentou que a sociedade está começando a reagir, não aceitando os aumentos de carga tributária, porque isto limita a abertura de novos postos de trabalho.
O governador disse que o Estado deve fazer este ano um “Outono Tributário”, a exemplo da “Primavera Tributária” de 2004. Ele já anunciou a redução do ICMS da farinha de trigo e do macarrão, e novos cortes de alíquota podem estar por vir.
Em outubro passado, o Governo lançou o programa São Paulo Competitivo, onde reduziu o ICMS de 18% para 12% de vários setores da cadeia produtiva como do calçado, do couro, têxtil, entre outros. A medida vem alavancando as vendas dos três pólos calçadistas do Estado: Birigui (infantil), Jaú (feminino) e Franca (masculino).
“Devido ao aumento das vendas, na cidade de Birigui, que absorve 20 mil trabalhadores nas pequenas e médias indústrias, está faltando mão-de-obra”, ressalta o governador.
Valéria Cintra