Serra discursa no lançamento do Bolsa Talento Esportivo

Governador José Serra: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Nós criamos, agora em novembro, este programa “Bolsa Talento Esportivo”. Como disse o Claury (Alves da […]

qui, 21/01/2010 - 20h37 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Nós criamos, agora em novembro, este programa “Bolsa Talento Esportivo”. Como disse o Claury (Alves da Silva, secretário de Esporte, Lazer e Turismo do Estado), tem 4 níveis: estudantil, juniores, nacional e internacional – vai aumentando o tamanho da bolsa, mas também varia a idade. E é um programa simples, para dar oportunidade a quem tem talento de se realizar, poder se afirmar, poder progredir, poder melhorar no esporte e ser competidor, no futuro, de certames importantes, inclusive internacionais.

Nós temos 200 bolsas em novembro. E eu quero dizer que nós vamos duplicar para este ano, vamos ter 400 bolsas em São Paulo. Este programa se soma a outro que nós temos, que é o programa “Jovens Atletas”, que tem 400 jovens. Aí não é uma bolsa, propriamente dita, mas há o local, o lanche, o deslocamento para o treinamento. E criamos os Centros de Excelência Esportiva, que são 7. É um lugar de moradia , inclusive. Os jovens moram lá. Isso é um fator, para o aperfeiçoamento no esporte, para a vida coletiva, para a socialização, incrível.

Eu tenho uma boa noticia para alguns que ainda não se interaram. Nós criamos uma lei, ou melhor, aprovamos uma lei na Assembléia Legislativa (do Estado de São Paulo) de incentivo ao esporte. É uma lei que vai ser regulamentada logo, que vai alavancar dezenas de milhões de reais para a área do esporte, com projetos que vão ser avaliados de maneira impessoal, sem nenhum critério de natureza política, de troca-troca fisiológico, mas para beneficiar o esporte.

Não foi fácil convencer a Secretaria da Fazenda a concordar com isso, porque é renúncia tributária. Mas é um investimento importante. Nós vamos multiplicar por várias vezes o investimento que se faz em São Paulo na área do esporte, com essa lei. Tudo isso também serve para a preparação nossa para a Olimpíada, daqui a 6 anos e meio. Estamos, no fundo, fazendo esse investimento, que é um investimento para o Brasil.

São Paulo já faz bonito no Pan, faz bonito nas Olimpíadas, faz bonito nas Paraolimpíadas, no Parapan, e vai fazer mais bonito ainda pelo Brasil, em 2016. Esta lei realmente vai ser um avanço muito grande – nós nem divulgamos muito porque faltava a regulamentação. Ela vai entrar em operação a partir dessa regulamentação, e vai valer para os esportes que não são os esportes mais badalados, como é o caso do futebol – embora também valha para o futebol. Mas o futebol não vai absorver aí o grosso dos recursos, até porque o que nós queremos, realmente, é fomentar os esportes, chamemos assim, não convencionais. Por mais convencionais que pareçam para quem pratica, não são do ponto de vista do conjunto da nossa população.

Vocês notaram também que parte dessa “Bolsa Talento Esportivo” vai para pessoas que têm alguma deficiência física – nós também somos craques nessa matéria. Eu me lembro que, aqui no Palácio (dos Bandeirantes), nós condecoramos todos aqueles que ganharam prêmios nas Olimpíadas, ganharam medalhas nas Olimpíadas e no Pan nessa área. A maior parte deles fazendo coisas que quem tem plenas condições não consegue fazer, essa que é a verdade. Isso mostra a fibra que têm, porque não é só um problema anatômico, e que a tecnologia resolveu, etc. Tem que ter cabeça também, força de vontade… E dá gosto de ver como isso aí acontece, realmente, com a nossa juventude – e com gente, inclusive já adulta, na fase já adulta.

Portanto, hoje é um dia bom aqui, não vou me alongar muito mais. Mas quero comemorar este programa, a sua duplicação, lembrar que isso é feito com o dinheiro público, que vem dos contribuintes – e a gente tem a obrigação de utilizar da melhor maneira. E eu tenho certeza de que essa é uma excelente maneira.

Nós não queremos apenas formar campeões ou competidores internacionais. Nós queremos, de verdade, é difundir a prática do esporte. Uma campeã olímpica como a Maurren (Maggi, recordista no salto triplo), ela tem um trabalho, ela fica contente, o Brasil contabiliza as medalhas, tem prêmios aqui, acolá, etc… Mas o papel mais importante dela é como exemplo para difundir a prática do esporte e tornar a sociedade mais feliz e mais saudável – porque o esporte faz isso. Ele socializa, ele melhora a auto-estima, ele dá mais saúde, e é isso que nós queremos.

Não dá também só para pensar em fazer campeão. Um País não é formado de campeões, um País é formado pela média das pessoas. Os campeões têm um papel fundamental para empurrar essa média para cima, essa média para a frente. Isso é o que a gente quer também com esse programa.

Muito obrigado a vocês. E vamos para o esporte, vamos fazer cada vez mais, vamos levar o Brasil, São Paulo, nossos Municípios para cima, com mais saúde, mais disposição, mais lazer e mais auto-estima.

Muito obrigado!