Serra discursa em evento de ampliação da Etec Palmital

Governador José Serra: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Bem, esta inauguração aqui é, na verdade, uma reinauguração, porque a ETEC (Escola Técnica) já existe […]

seg, 18/01/2010 - 12h41 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Bem, esta inauguração aqui é, na verdade, uma reinauguração, porque a ETEC (Escola Técnica) já existe há algum tempo. Mas o que nós fizemos agora foi uma ampliação da ETEC, de maneira que ela aumenta em muito o número de alunos. Vai para 720 alunos. Vai de 500 para 720 alunos. Portanto, aumenta aproximadamente 50%. E este é o aumento que contribui para o aumento para todo o Ensino Técnico na região, que é fortíssimo. Na região, aqui havia 7.240 alunos em 2006. Em 2011 nós teremos 17 mil – ou seja: duas vezes e meia a mais, em toda a região, nas Escolas Técnicas. Isso é uma mudança não apenas quantitativa, é uma mudança qualitativa. Esse número de vagas significa muito mais oportunidades para os jovens – para emprego, para ter uma profissão – e, ao mesmo tempo, uma alavanca para o desenvolvimento de toda a região. É uma alavanca como nenhuma outra região do Estado teve até este momento, essa expansão na área do ensino técnico.

E a nossa experiência mostra que aproximadamente a cada 5 alunos que se formam numa ETEC, 4 conseguem trabalho logo. Sem falar que isso ajuda a melhorar o rendimento no Ensino Médio – e ajuda também a uma escolha no futuro. Porque é de cortar o coração, muitas vezes, a gente ver uma família fazendo um sacrifício para pagar um curso de Direito para seus filhos. Depois de 5 anos o garoto ou a garota se forma e vai fazer o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Em São Paulo, 80% não passam nesse exame. Então não pode exercer a profissão, não pode ser advogado. Sem o exame da OAB, que é um exame bem feito, o garoto ou a garota se veem cortados da vida, foram cortadas as suas possibilidades. O Ensino Técnico dá uma profissão antes. E isso não exclui de depois fazer uma universidade, não exclui a escolha do futuro, mas já dá uma profissão. O adolescente, o jovem já tem condição de avaliar melhor o que ele quer profissionalmente. Isso é muito comum.

Eu mesmo, quando entrei na universidade, eu fui fazer Engenharia. Não era minha vocação, fui fazer só porque eu era bom de matemática. Mas quando eu estava na faculdade vi que não era meu ramo. Eu não acabei por outro motivo, porque veio o golpe militar, eu fui perseguido e tive que deixar o Brasil, estudei economia no exterior. Eu ia terminar (Engenharia) aqui, mas aí eu ia fazer alguma uma outra coisa depois de formado. No fundo são recursos, no caso a Politécnica que é gratuita, gratuita para os alunos, mas não para o contribuinte, porque é paga com recursos dos contribuintes. Portanto, essa questão de Escola Técnica, ela avança também nessa direção. O Alckmin era anestesista, claro que ele não teria largado a anestesia se não fosse a política.

Aqui na região nós temos muitas coisas, e eu não vou fazer um relatório, pelo horário e também porque são coisas bastante conhecidas. Mas deixa eu mencionar, brevemente, alguns pontos. Primeiro, o programa Pró-Vicinais: nesta região são quase 1.200 quilômetros de recuperação de estradas vicinais. São estradas municipais que o Estado pegou para si, para arrumar. Praticamente refizemos e estamos refazendo todas elas. Só Palmital tem 3 estradas nesse programa. Além dessas intervenções, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado) está recuperando 84 quilômetros da SP- 421, nas proximidades de Paraguaçu, e a concessão da Raposo Tavares. Ela traz, por um lado, mais pedágio, mas ela trará por outro lado 1,8 bilhão de investimentos. Ao longo da estrada, de melhoras, duplicações, nesse sentido, ela vai trazer um benefício muito grande, inclusive, de manutenção de vicinais porque, pelos novos contratos, toda área concedida, tudo o que tem de vicinal próximo, vai ficar por conta da concessionária. O que economiza para a Prefeitura e economiza para o Estado, que tem sempre que sair socorrendo…

Aqui na região nós vamos ter 3 Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), que é a melhor coisa que nós fizemos na Saúde, na nossa gestão. O ambulatório é um centro de consultas, para quebrar esses atrasos todos que tanto nos revolta. Em geral, tem mais de 20 especialidades, atende em torno de 15 mil consultas por mês, uns um pouco mais, uns um pouco menos. Mais de 30, 40 mil exames médicos por mês, de laboratório, de imagens. E nós vamos ter três AMEs: Assis, Ourinhos e Tupã – portanto, para atender folgadamente toda a região. Isso será realmente…

E mais ainda: aqui em Marilia, eu acredito que para setembro, espero que dê certo – coisa de prazo, quando envolve obra, sempre é arriscado fixar datas – é que nós devemos implantar um centro de referência, um hospital da Rede Lucy Montoro de Reabilitação. São Paulo tem cerca de 4 milhões de pessoas que têm deficiência física – por isso nós criamos uma Secretaria (dos Direitos da Pessoa com Deficiência). E por isso é que a gente quer que as Prefeituras criem uma Secretaria, uma Coordenadoria, tenham uma pessoa só, dependendo do tamanho delas – porque não precisa uma Prefeitura pequena criar uma secretaria, às vezes nem uma coordenadoria, dependendo do tamanho – mas ter alguém ligado nisso, para facilitar em alguns trabalhos do Município a acessibilidade. Isso eu fiz quando fui prefeito de São Paulo.

Mas no Estado nós estamos cuidando do tratamento. E criamos a Rede Lucy Montoro. Já tem um hospital pronto em São Paulo. Já vai ter outro hospital pronto em São Paulo. Tem um em andamento em Campinas, Santos, São José dos Campos, Taubaté, vários lugares do interior, Ribeirão Preto e Rio Preto e aqui na região, em Marília… Para tratamento, em geral, com os chamados médicos fisiatras. Mas envolvem fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiras especializadas. Enfim, é um trabalho que dá gosto e que tem um efeito imenso sobre a vida dessas pessoas que, na sua grande maioria, tem toda a condição de exercer o seu trabalho e cidadania se tiverem maior mobilidade – e a reabilitação vai nessa direção. Portanto, vamos ter aqui também uma unidade que vai servir a região, e até porque vai preparar as pessoas também para um trabalho mais descentralizado.

E, finalmente, um Poupatempo, que deve ser entregue em Marília no mês de julho, também para atender a região. Se tem coisa que poupa tempo na vida é o Poupatempo. Realmente, essa é uma coisa que foi começada pelo (ex-governador Mário) Covas, que o (ex-governador Geraldo) Alckmin acelerou, que nós continuamos e que deu certo em São Paulo – porque poupa o tempo das pessoas, seja para o lazer, seja para o trabalho. Porque uma carteira de trabalho pode ser tirada agora em 24 horas, ou renovada – enfim… coisa que demorava 3 semanas, um atestado de antecedentes, uma carteira de habilitação, muitas coisas que o tempo encurta tremendamente. Isso também é um trabalho regional. Não teria sentido ter um Poupatempo em um Município menor. Tem que ter em um Município grande, para atender o conjunto da região e ter uma certa escala, um volume que torne o Poupatempo viável.

Enfim, estamos aqui trabalhando pelo Estado, trabalhando por esta região que é tão importante para o Estado de São Paulo. E fazemos isso sem distinguir cor de camisa partidária de prefeitos. Trabalhamos para todos os Municípios seja lá qual é a origem, para que partido político o prefeito torce.

Muito obrigado. Nós contamos com vocês. Podem contar conosco.