O governador José Serra formalizou, nesta quinta-feira, 16, com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Serasa, uma parceria para lançamento do Programa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência. A solenidade aconteceu na sede da secretaria e contou com a presença do presidente da Serasa, Francisco Valim, e representantes de empresas. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.
Governador:
Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Saudar a nossa secretária Linamara. A Célia, que acabou de nos falar. O deputado Bertaiolli, recém-eleito prefeito de Mogi. O João Francisco Aprá, que é o secretário de Emprego e Relações do Trabalho do Estado. A Márcia, presidente do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência.
Queria cumprimentar o Francisco Valim, presidente da Serasa e, junto com ele, todos os representantes de empresas parcerias do programa. Flávio Fava de Moraes, que é diretor da Fundação da Faculdade de Medicina da USP. Floriano Pesaro, vereador recém-eleito. Priscila Neves, integrante do programa de empregabilidade, e o Edson Moraes, também integrante do programa.
Queria também saudar a todos e a todas aqui presentes. Dizer da minha alegria por este dia.
Na verdade, é um passo pequeno do ponto de vista quantitativo. Mas é um passo grande do ponto de vista do começo de um tipo de ação que vai ter importância, relevo muito grande nas oportunidades para as pessoas portadores de deficiência em São Paulo.
Espero que isto se alastre pelo Brasil.
Um dos problemas que há para a empregabilidade dessas pessoas é, precisamente, o problema da qualificação. Este programa é feito conjuntamente pelo Governo do Estado e, principalmente, com as empresas, que vão dedicar seus recursos humanos a esse trabalho de formação, para ter as pessoas qualificadas.
Espero que esse programa se expanda mais na Grande São Paulo, ao longo do tempo, e também no Interior do Estado. É um programa que começa, por enquanto, na região da Grande São Paulo.
No fundo, trata-se de enfatizar não apenas os direitos das pessoas portadoras de deficiências, mas também a competência delas. Trata-se, exatamente, de enfatizar esse aspecto da qualificação, do treinamento e da sua capacidade para exercer um sem-número de funções nas empresas.
Aqui no Estado, estamos com outra frente de ação nessa área que é muito importante. Fizemos uma cerimônia no sábado passado lá na Vergueiro, na Vila Mariana. Estamos criando uma rede de hospitais de reabilitação em São Paulo.
Serão seis hospitais no Estado. Dois deles já começamos: em Campinas, onde lançamos a pedra fundamental e, agora, na Vila Mariana, lá na Vergueiro, onde já existe um centro, mas vamos fazer uma coisa muito maior e mais equipada.
Vamos ter uma rede no Estado. Em vez de criar um único grande centro, nós vamos criar seis unidades, de maneira a ter uma distribuição geográfica mais adequada no Estado de São Paulo. Esta vai ser uma grande marca da nossa gestão e um grande avanço na reabilitação das pessoas que – por motivos muito diferentes – têm problemas de deficiência física: seja de nascimento, acidente, derrames. Enfim, há um conjunto de fatores que produzem uma determinada situação de deficiência, e a reabilitação é crucial.
O que nós estamos falando hoje, aqui, é do curso de qualificação profissional. Não é de reabilitação. A reabilitação tem que caminhar de forma paralela, e até é muito mais abrangente e demorada. Portanto, tem que ser amplificada, tem que se ter acesso pelo SUS de maneira gratuita no Estado de São Paulo inteiro. Isso, naturalmente, também, vai, por incrível que pareça, ampliar muito o mercado de trabalho para fisioterapeutas.
Há fisioterapeutas aqui, não? Puxa, não veio nenhuma, Linamara. Hein? É incrível. Estão todas trabalhando. Fisioterapeutas, psicólogas. Psicóloga tem, não é? Tem o que? Terapeuta ocupacional. Sábado, quando nós lançamos aquele centro de reabilitação, eu falei só das fisioterapeutas e aí foi uma ciumeira geral.
Por isso é que, agora, eu estou mencionando todas. É também uma oportunidade no mercado de trabalho muito importante para essas pessoas que se dedicam ao próximo. O trabalho de reabilitação tem como ingrediente fundamental a paciência, o gradualismo, o resultado lento, o trabalho persistente, permanente. Eu valorizo muito por isso – se não fosse por outros motivos – o trabalho dos profissionais nessa área.
Na Prefeitura, nós também criamos uma Secretaria Extraordinária capitaneada, no início, pela Mara Gabrilli que, aliás, acabou de ser eleita com uma votação enorme. A primeira tetraplégica do Brasil que tem uma votação tão expressiva. Quanto foi …?
Voz: 79 mil.
Governador: 79 mil, até o Floriano, que está todo prosa aí, não chegou à metade disso. Chegou? Quanto você teve?
Voz: (Inaudível).
Governador: 31 mil. Mas foi eleito também. Foi um excelente secretário aqui. Nós enfatizamos mais, no município, a questão da acessibilidade, que é importante na vida social das pessoas. É um trabalho que está tendo avanços.
No Metrô, por exemplo, nós já estamos gastando – está em pleno processo de realização – cerca de R$ 60, R$ 70 milhões em algumas estações de Metrô e de CPTM. Não está resolvido tudo, não. Tem que ir gradualmente fazendo. O Museu do Futebol – seria interessante que todos visitassem – é totalmente preparado para as pessoas com deficiência. Até aquelas que têm deficiência visual. Talvez não haja no mundo um equipamento público tão bem preparado para isso quanto este museu que acabou de ser inaugurado.
Enfim, nós estamos avançando. Eu diria que estamos no começo do começo. Ainda falta muito. Mas o importante é a gente ter começado. O importante é dar exemplo para que o País, toda a nossa sociedade multiplique essas coisas boas em todo o nosso território. São Paulo tem muito orgulho, hoje, de ser uma referência nacional nessa matéria. Temos não só orgulho, como responsabilidade de fazer as coisas bem feitas.
Queria, realmente, agradecer muito aqui tanto a equipe da Linamara quanto os militantes desta área e as empresas parceiras deste trabalho. Um agradecimento muito sincero.
Muito obrigado em nome do povo de São Paulo.
