João Doria fala na abertura da Couro Moda 2019

São Paulo, 14 de janeiro de 2019.

seg, 14/01/2019 - 16h51 | Do Portal do Governo

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: Pessoal, boa tarde. Desculpe o pequeno atraso. Ao abrir essa 46ª Couromoda, eu mencionei que essa será a exposição da mudança, da transformação, da inflexão. O Brasil vai crescer esse ano, a expectativa é de um crescimento de 3%, e se a Reforma da Previdência for aprovada no início desse período legislativo, esse crescimento poderá chegar até 5%. O impacto disso na economia brasileira será extraordinário, e em todos os setores industriais, no agronegócio, setor de serviço, setor de comércio, e aqui, em particular, já que estamos falando do setor calçadistas e de derivados de couro, haverá um impacto muito grande. Já com crescimento econômico previsto para esse ano, o setor faz a sua primeira exposição, a sua primeira Couromoda com otimismo, creio que nos últimos cinco anos, se eu não estou enganado, e esse otimismo poderá crescer ainda mais nos primeiros meses do ano, havendo aprovação da Reforma da Previdência. Muito feliz também por estar ao lado do Eduardo Leite, jovem governador do estado do Rio Grande do Sul, que compartilha conosco das mesmas ideias, dos mesmos princípios para o desenvolvimento do Brasil, e uma ação muito articulada: Rio Grande do Sul e São Paulo são parceiros na economia, na institucionalidade, nos objetivos que temos para expandir o setor industrial, setor de comércio, setor de serviço, gerando empregos, gerando renda e, principalmente, ajudando o Brasil.

REPÓRTER: Queria que o senhor falasse, governador, da privatização dos presídios em São Paulo. Reportagem do Estadão trouxe que o senhor decidiu privatizar 11. Como é que vai ser esse modelo? Como é que vai funcionar?

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: [Ininteligível], nós vamos… não é o tema de hoje aqui, mas numa breve resposta a você, nós vamos anunciar isso muito em breve, mas posso antecipar que sim, nós vamos fazer o programa de privatização dos presídios através de PPP, Parceria Público-Privada, para todos os presídios, inclusive aqueles que estão sendo construídos pelo Governo do Estado e que serão geridos e administrados pelo setor privado.

REPÓRTER: Todos os presídios?

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: Todos. E os novos presídios que serão construídos, além desses que estão em obras, igualmente serão colocados sobre controle do setor privado, sendo que os novos presídios serão objeto de investimento privado, investimento e operacionalização. Os presídios atuais, eles serão concluídos pelo Governo do Estado, as obras já estão definidas, estão em curso, e a partir da sua entrega, serão administrados pelo setor privado, com mais eficiência… com mais eficiência e mais competência do que o setor público faz.

REPÓRTER: [Ininteligível].

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: Tocando aqui, tem um celular tocando aqui.

ORADOR NÃO IDENTIFICADO: [Ininteligível].

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: É o teu?

ORADOR NÃO IDENTIFICADO: [Ininteligível].

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: É que ele estava tocando. Estava tocando.

REPÓRTER: Em relação à decisão do Dias Toffoli sobre os professores…

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: Se não vocês não conseguem.

REPÓRTER: Agora vai. Em relação aos professores, se fosse [ininteligível] poderá acarretar o ano letivo aqui, no estado de São Paulo.

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: Não entendi. Com relação aos professores?

REPÓRTER: A decisão do Dias Toffoli, o que poderá acarretar no estado de São Paulo se fosse–

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: Ah, não, ela é mais do que bem-vinda. Espera aí, que tem que esperar. Será que ela vai falar mais?

ORADORA NÃO IDENTIFICADA: Não. [Ininteligível] ela se manifesta.

ORADOR NÃO IDENTIFICADO: Dentro [ininteligível].

[risos]

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: Em relação aos professores, a medida do presidente do Supremo, Dias Toffoli, foi acertadíssima, aliás eu o cumprimentei por isso, porque permite a contratação temporária de 8.500 professores que representam um esforço para garantir educação para quase 400 mil alunos da rede pública estadual. Medida acertada, medida correta, revertendo uma decisão judicial aqui de São Paulo. Portanto, aos professores que já estavam programados para o início do período letivo, agora vão poder fazê-lo, e eu quero novamente cumprimentar o ministro Dias Toffoli pela corajosa, mas acertada decisão que teve.

REPÓRTER: Governador, eu queria só–

REPÓRTER: Governador?

BRUNA, REPÓRTER: Governador, queria que o senhor falasse, por gentileza, sobre a… que bonitinho… sobre a privatização dos aeroportos, que o senhor disse agora por aqui. No estado de São Paulo, todos serão privatizados, e essa internacionalização, como é que vai funcionar esses voos, esse papo com o Governo Federal?

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: Bruna, os aeroportos que ainda não foram concedidos ao setor privados, serão concedidos. Todos eles em regime de PPP, que o modelo… a modelagem adequada. Já tivemos na semana passada uma reunião com as companhias aéreas brasileiras, todas elas participaram, com o presidente da Anac, com o secretário executivo do Ministério da Infraestrutura, com os secretários do estado de São Paulo que estarão diretamente vinculados a esta área, com o novo presidente do Daesp, que foi presidente da Infraero até recentemente, para um alinhamento dessas posições. Nós vamos anunciar isso oportunamente. Inclusive, a participação capilarizada das companhias aéreas através de voos regionais, de voos interestaduais e até mesmo de voos internacionais. Isso será gradual, não se faz isso, evidentemente, da noite para o dia. Há vários aeroportos que precisam de investimentos de pista, de equipamentos de segurança, de terminais para que possam operar adequadamente. E há outros aeroportos que já estão em boas condições, como é o caso do aeroporto de Ribeirão Preto, por exemplo, que recebeu investimentos do estado, que estão sendo finalizados. Esse será o aeroporto com muito mais velocidade, ele poderá atender esse programa de regionalização, de voos regionais, e até mesmo de voos internacionais. Vamos mais uma, porque nós estamos com…

REPÓRTER: O senhor falou… o senhor falou sobre a guerra fiscal, eu não entendi bem. O senhor pode repetir?

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: Posso. Nós não faremos guerra fiscal, não há necessidade de fazer guerra fiscal, e há um pré-entendimento entre os governadores, fruto do Fórum de Governadores, que nós–

REPÓRTER: Quais estados?

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: Não, todos. Que nós não devemos fazer guerra fiscal. A guerra fiscal, ela é nociva ao Brasil. Ela não é positiva, ela não é construtiva. Ela tira de um lado para colocar em outro. Nós temos é que atrair novos investimentos para os estados brasileiros, atrair novos investidores internacionais, respeitar as vocações estaduais, respeitar as condições que cada estado tem para oferecer, e melhorar as nossas tarefas, relativamente a logística, infraestrutura, desburocratização e outras medidas que favorecem o setor produtivo. E é isso que nós desejamos.

REPÓRTER: O empresariado quando vê, clama que a carga tributária, as facilidades que outros estados dão e que São Paulo não, isso os motiva a ir, e é o que os atrai, principalmente sobre cadeia produtiva do couro e calçado para o Nordeste. Haverá mudança?

JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO PAULO: Nós, nós temos… essa é uma responsabilidade do secretário Henrique Meirelles. Estamos analisando isso com cuidado, com discernimento, e tudo aquilo que puder proporcionar geração de empregos e redução de custos para o consumidor final, nós vamos avaliar. Mas isto não implicará em guerra fiscal. Nós não temos nenhuma intenção de retirar indústrias de outros estados, ou prejudicar outros estados brasileiros por medidas adotadas em São Paulo, mas vamos, evidentemente, tratar de apoiar as indústrias que já estão aqui e captar novos investimentos. Eu estarei na próxima semana em Davos, a partir de segunda-feira, dia 21 de janeiro, para o Fórum Econômico Mundial, e o meu objetivo prioritário é a atração de investidores internacionais para o Brasil em todos os setores da economia produtiva e também mostrar que, em São Paulo, nós teremos um vigoroso programa de desestatização. Obrigado, pessoal. Um bom dia para vocês e boa semana.