Coletiva de Serra no anúncio da compra de trens do metrô

Evento aconteceu na na segunda-feira, 7, na estação Alto do Ipiranga, em São Paulo

ter, 08/05/2007 - 13h14 | Do Portal do Governo

Evento aconteceu na na segunda-feira, 7, na estação Alto do Ipiranga, em São Paulo

José Serra – Eu vim aqui hoje para estrear essa linha, trazendo até a nova estação. E também anunciar a ordem de serviço para a fabricação de 16 novos trens. Trens de altíssima qualidade, com ar-condicionado e câmaras, com todos os benefícios da tecnologia moderna, que nós teremos funcionando ao longo de toda Linha 2, nos trechos já existentes e nos trechos novos. Isso é um avanço muito grande nas linhas de metrô, aqui nesta parte da região Leste da cidade.

Repórter: Quando os novos trens serão implantados?

José Serra – O primeiro em setembro do ano que vem, porque trem demora a fabricar. Até o começo de 2009, nós vamos ter todas as composições já postas.

Repórter: Qual será o gasto do governo?

José Serra – O gasto é de R$500 milhões para 16 trens.

Repórter: Faz parte de alguma empresa?

José Serra – Não. Isso não faz. Nós estamos engatilhando financiamento para 89 composições para beneficiar não apenas o Metrô, mas também a CPTM. A CPTM tem 258 Km de linhas de trem na região da Grande São Paulo. Nós pretendemos dar um avanço muito grande nessa direção para transformar esses 250 km em metrô de superfície. Este é um projeto que, no agregado, custa mais ou menos R$ 9 bilhões e que nós estamos impulsionando no meu governo para a gente ter um avanço muito importante até 2010. Não apenas nas linhas diretas do Metrô, mas também na transformação da CPTM em metrô de superfície.

Repórter: Os R$ 500 milhões são exclusivos para o Metrô?

José Serra – Sim. São para os 16 trens. Do tesouro paulista.

Repórter: (inaudível)

José Serra – Nós estamos avançando nessa direção, mas para isso também nós precisamos ter autorização do tesouro nacional. Na verdade São Paulo tem capacidade de endividamento. Mas o tesouro nacional está bloqueando isso. Só não vai se resolver se o tesouro nacional não deixar, se o governo federal não deixar.

Repórter: (inaudível)

José Serra – Nós estamos insistindo, mostrando porque estamos dentro da lei, da capacidade de endividamento. Tá bom? Agora essa é a mudança mais importante para toda a região da Grande São Paulo, porque além do Metrô é a CPTM. Porque 250 Km significa trilhos já feitos, sem a necessidade de desapropriação. Já tem estações (precárias, mas que podem ser reformadas), ou seja, é muito mais barato. Isso melhorará muitíssimo as condições de vida na região Metropolitana da Grande São Paulo.

Repórter: A tecnologia dos trens é importada ou é brasileira?

José Serra – 70%, segundo me diz o secretário (José Luiz Portella), é nacional.

Repórter: O senhor acompanhou o tumulto na Praça da Sé?

José Serra – Eu soube sim, mas não estava lá.

Repórter: Qual a sua avalição?

José Serra – Como uma ação de vândalos, gente que não sabe ter comportamento coletivo, que, infelizmente, atrapalhou a Virada Cultural. Mas a Virada Cultural foi um grande sucesso. Foram mais de 400 pontos de atividades artísticas por todas as regiões da capital de São Paulo, foi uma coisa muito bem-sucedida. O que ocorreu na Praça da Sé foi localizado, obra de vândalos, e aí estão os carros, as lojas, até carros de emissoras destruídos como prova de vandalismo. A PM atuou com muito equilíbrio.

Repórter: (inaudível)

José Serra – A Virada Cultural é da prefeitura.

Repórter: (inaudível)

José Serra – Não, não é.

Repórter: O policiamento foi (inaudível)

José Serra – Claro que foi. Aquilo foi ação de vândalos, muito eficazmente reprimidos, inclusive não houve feridos. O problema foi resolvido naquela noite mesmo.